18 de nov. de 2012
Questões de Língua Portuguesa
QUESTÃO 1
A invenção do alfabeto
Dois arqueólogos norte-americanos descobriram os
traços mais antigos do primeiro alfabeto utilizado pelo homem no Egito, mais
precisamente na estrada que desce do norte em direção à cidade real de Luxor,
passando a oeste do rio Nilo, num despenhadeiro do deserto meridional.
Nesse local havia, há 4 mil anos, um trajeto frequentado por mercadores,
pastores e soldados mercenários. Ao menos dois deles quiseram mostrar aos
futuros viajantes que haviam passado por lá, e somaram à notícia uma evocação
aos deuses para que os protegessem ao longo daquela estrada perigosa. No
entanto, diferentemente de outros viajantes que haviam registrado preces
parecidas sobre a delicada parede calcária daquele vale, nossos dois heróis
entalharam seus grafites usando as letras do primeiro sistema alfabético de
que se tem notícia.
A extraordinária descoberta confirma uma teoria já aceita por grande parte dos pesquisadores: que os alfabetos utilizados para escrever os principais idiomas do mundo tiveram uma única origem. (Revista Planeta, jan. 2009, n. 436. p. 36-38. Adaptado.) |
|
Considere as seguintes informações presentes nesse
texto:
I. Confirma-se a teoria da origem única
dos alfabetos.
II. Dois viajantes entalham uma mensagem. III. Dois arqueólogos fazem uma descoberta. |
Qual a ordem de apresentação dessas informações
no texto?
A) I, II, III. B) II, I, III.
C) II, III, I. D) III, II, I.
|
QUESTÃO 2
Incivilizados inimigos da cidade
Enquanto BH se moderniza durante o dia para
oferecer estrutura arejada e menos angustiante, os vândalos e agentes da
poluição visual a atacam na calada da noite. (Estado de Minas.
Gerais. 11/06/2010.)
|
Esse texto exibe, em sua estrutura,
A) comparação de ações, comprovada pelos verbos
”oferecer” e “atacar”.
B) consequência de fatos, presente na expressão
“vândalos e agentes da poluição visual”.
C) negação de atitudes, reforçada, no título, pelos
vocábulos “incivilizados” e “inimigos”.
D) oposição de ideias, marcada pelas palavras:
“dia/noite”; “estrutura arejada/poluição visual”.
QUESTÃO 3
O trecho é um comentário sobre o filme “ Alice no país das maravilhas”:
Alice no país das maravilhas, com seus climas incômodos e suas imagens que parecem tender à distorção, não poderia ser assinado por qualquer outro artista, é irmão de obras como Edward mãos de tesoura ou A lenda de Sleepy Hollow. Infelizmente, os fãs de Tim Burton com olhar mais crítico vão descobrir que se trata de um irmão menor. O diretor faz concessões às necessidades de dar retorno ao orçamento estratosférico de seu filme, o que torna Alice sua obra mais bem comportada: se as imagens se deixam distorcer, articulam-se de maneira formal, tentando conter toda a agressividade no interior delas, sem que se permita em momento algum que a articulação se torne agressiva com o espectador. (AVELLAR, M. C. Estado de Minas, 23/04/2010. Coluna Cinema.) |
O comentário crítico sobre Alice no país
das maravilhas centra-se na argumentação de que a
A) agressividade é incompatível com o caráter
infantil da história adaptada.
B) distorção das cenas traz efeitos negativos aos
filmes de Tim Burton.
C) formalidade da articulação das imagens faz desse
um filme menor do diretor.
D) quantia exorbitante, gasta na produção, em nada
afeta a qualidade do filme.
QUESTÃO 4
Observe a linguagem empregada no texto. Quem
não se comunica...
Havia no Rio de Janeiro nos anos de 1920 um gramático famoso. Uma vez,
esse gramático foi passar férias em um hotel-fazenda de Teresópolis. Lá, um
dia, resolveu dar um passeio a cavalo pelos terrenos da fazenda. Por
segurança, ia acompanhado de um cavalariço montado em um burrico. Pelas
tantas, o cavalo do gramático disparou. O cavalariço foi atrás em seu
burrico, gritando: ‘Doutor, puxe a rédea! Doutor, puxe a rédea!’
Nada aconteceu, até que o cavalo saltou um valado e jogou o gramático numa moita de urtiga. Finalmente o cavalariço o alcançou, levantou-o e ajudou-o a se livrar de uns espinhos que se grudaram nele. Doutor, por que o senhor não puxou a rédea? Eu vinha gritando atrás, ‘doutor, puxe a rédea, doutor, puxe a rédea!’ O gramático, já senhor de si, perguntou: ‘E o que é puxar a rédea?’ ‘É fazer isso, ó’, e fez o gesto explicativo. ‘Ah! Dissesses sofreia o corcel, eu teria entendido.’ (VEIGA, J. J. O Almanach de Piumhy. RJ: Record, 1988. Adaptado.) |
A forma verbal “dissesses” utilizada pelo
gramático, na última frase do texto, foi
A) importante para o contexto em que ocorre o
diálogo.
B) inadequada à situação comunicativa do texto.
C) indispensável para a linguagem coloquial.
D) necessária para o entendimento do texto.
QUESTÃO 5
Exame de colesterol deve ser feito a partir dos 20 anos
Um estudo recente salienta a importância de
jovens, a partir dos 20 anos, realizarem exames preventivos – em
especial, o que mede o nível de colesterol no sangue. Menos da metade dos
homens e mulheres nessa faixa etária fazem o exame com a frequência
necessária, apontou levantamento publicado em um jornal internacional de
Medicina que analisou 2.587 pacientes de 20 a 45 anos,entre 1999 e 2006
Segundo a médica Elena V., principal autora da pesquisa e integrante da divisão de doença cardíaca dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o principal objetivo do alerta é identificar altos índices do chamado colesterol ruim, prejudicial ao coração. Ela reforça que doenças cardíacas são crônicas e danificam os vasos sanguíneos mesmo dos mais jovens. “Vemos isso até em crianças de dez anos”, enfatiza. “E também temos evidências de que, se começarmos a intervir precocemente, é muito mais fácil reverter o processo do que quando se é mais velho e o paciente já tem placas e as veias estão bloqueadas.” (http://veja.abril.com.br.04/08/10. Adaptado.) |
Uma das razões
apontadas pelo texto sobre a necessidade de se realizar exames de colesterol em
jovens é a
A) ausência de
conhecimento entre os jovens das formas de prevenção das doenças cardíacas.
B) evidência de
que os mais jovens consomem mais alimentos ricos em gorduras e colesterol.
C) possibilidade
maior de reverter o processo de danificação dos vasos sanguíneos nos jovens.
D) resistência das
pessoas mais velhas em realizar a prevenção das doenças cardíacas.
QUESTÃO 6
O Português é difícil?
A
percepção de que o nosso idioma é mais complicado que outros é mais um mito
da linguagem
“A dificuldade” de um idioma depende de diferentes variáveis. Primeiro, podemos dizer que uma determinada língua é mais fácil para um determinado falante se o idioma a ser aprendido é mais próximo linguisticamente de seu idioma nativo. Os holandeses entendem e chegam a falar alemão devido à semelhança. Os holandeses aprendem o inglês também por ser mais simples para eles do que o próprio alemão. Outro fator na “dificuldade” de um idioma é o sistema ortográfico. O russo é baseado no alfabeto cirílico, por sua vez baseado no grego, o que dificulta sua leitura. O polonês é mais “fácil” porque tem um alfabeto latino com algumas modificações, o que permite a decifração. É mais fácil aprender um idioma dentro da família do que aprender uma língua fora do grupo. Com base nisso, eu diria que o árabe, o hebraico, o chinês e o japonês oferecem mais problemas de aprendizagem e os aprendizes têm de investir mais tempo para chegar a ser falantes, leitores, sendo ainda mais difícil redigir nas referidas línguas. Por isso, a ideia de que o português é um dos idiomas mais difíceis que existem pode não passar de um mito. Tudo depende do contexto e do interlocutor. (http://revistalingua.uol.com.br. Acesso: 28/06/10.) |
|
Considere as análises feitas sobre algumas
estratégias discursivas do texto:
I. A percepção de que o nosso idioma é mais
complicado que outros é mais um mito da linguagem. Essa passagem tem
por objetivo indicar, desde o início, o ponto de vista que será defendido
pelo locutor ao longo do texto.
II. A expressão “Outro fator” sinaliza para o
leitor que o parágrafo apresentará mais um argumento favorável ao ponto de
vista defendido pelo locutor.
III. A expressão “Por isso” indica que o
parágrafo fará uma síntese dos argumentos apresentados para reforçar o ponto
de vista defendido desde o início.
|
As análises corretas são
A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas
D) I, II e III.
|
QUESTÃO 7
As três mortes das estrelas
As
estrelas parecem ser eternas, mas não são. Elas nascem, vivem e morrem. Até
mesmo o Sol, que é uma estrela (e não das maiores), um dia também vai acabar.
Quando olhamos para o céu, uma parte das estrelas que vemos já morreram há
muito tempo. A sua distância
de nós era tão grande que, quando a luz que emitiram chega até aqui, elas
mesmas já não existem.
As estrelas "nascem", ou seja, formam-se quando uma enorme nuvem de gás começa a se concentrar, ficando cada vez menor e mais quente. As partes mais externas da nuvem começam, então, a cair em direção ao centro. Esse "nascimento" pode levar um milhão de anos, o que não é muito tempo quando se fala de estrelas. Depois disso, a parte interna da nuvem fica tão quente que se transforma num enorme reator nuclear, quer dizer, uma verdadeira fábrica de luz. A nuvem original era composta principalmente de hidrogênio, um gás muito comum no Universo, inclusive em nosso planeta, onde se encontra, por exemplo, na água. O hidrogênio produz a energia que faz brilhar o Sol e as milhares de estrelas. É um período que pode durar muitos bilhões de anos. Depois desse tempo, o combustível acaba e a estrela começa a "morrer". Ela ainda pode usar outros combustíveis, como o hélio, aquele gás que faz os balões ficarem bem leves. Mas isso só aumenta um pouquinho a vida das estrelas. Agora, tem uma coisa: as estrelas não morrem todas do mesmo jeito, nem a duração da vida é a mesma para todas elas. As maiores e mais "pesadas" gastam mais rapidamente seu combustível e por isso duram muito menos, apenas alguns milhões de anos. (www.astro.iag.usp.br. Acesso: 18/06/2010. Adaptado.) |
A partir dessa leitura, conclui-se que as estrelas
A) nascem e morrem de maneira uniforme, tendo todas
elas o mesmo tempo de duração.
B) são vistas da Terra, mesmo depois de já estarem
mortas, quando seu combustível acaba.
C) têm uma pequena duração; as mais pesadas duram,
em média, poucos anos ou meses.
D) utilizam como principal combustível o gás hélio,
para deixá-las mais leves, como os balões.
QUESTÃO 8
Este texto é um fragmento de uma crônica de Frei Betto.
A
diferença entre ler e ver TV é que, no primeiro caso, o leitor escolhe o que
lhe interessa. Com a vantagem de não se submeter à avalanche publicitária e
adequar a programação – no caso, a leitura – ao ritmo de sua conveniência. E,
considerando a baixa qualidade de conteúdo na TV brasileira, ler é absorver
cultura. (www.editorasaomiguel.com.br.
Acesso: 08/07/2010.)
|
O principal argumento de Frei Betto na distinção
entre o leitor e o espectador é a
A) ausência de publicidade nos livros e o excesso
de anúncios na TV.
B) inquestionável superioridade de um livro sobre
as novelas da TV.
C) liberdade de opção de leitura, que supera a
escolha da programação de TV.
D) temática de um livro ser mais interessante do
que um filme de TV.
QUESTÃO 9
Este é um texto de Artur Azevedo.
As cerejas
— Que fazes tu aí parado? Estás a comer com os
olhos aquelas magníficas cerejas?
— Estou simplesmente a namorá-las, ou antes, a resolver-me... Os cobres são tão curtos! — Gostas realmente de cerejas? — Eu? Nem por isso! Prefiro qualquer outra fruta do nosso país! Mas minha mulher dá o cavaquinho por elas, e não se me dava de lhe levar aquelas, que têm boa cara. — Pois compra-as, que diabo! Não são as cerejas que nos arruínam. — Tens razão. Esse ligeiro diálogo foi travado em frente ao mostrador de uma loja de frutas, na Avenida, entre o Antunes e o seu velho amigo Martiniano. O Antunes comprou as cerejas. O Martiniano despediu-se e foi tomar o bonde. (www.biblio.com.br. Acesso: 12/08/10.) |
Uma expressão que ocorre no texto e que deixou de
ser atual é
A) “comer com os olhos”. B) “dá o
cavaquinho”.
C) “foi travado”. D) “são tão
curtos”.
QUESTÃO 10
A proa do
Fujikawa Maru, um navio de guerra japonês afundado em 1944, encontra-se
repleta de corais moles, gorgônias parecendo leques e algumas anêmonas. Os
corais do mastro são espetaculares. Há partes quebradas do parapeito da proa
e outras que foram raspadas com o crescimento dos corais. À noite, esses
organismos estendem seus minúsculos tentáculos – ou pólipos – para
alimentarem-se do plâncton, que consiste numa sopa de pequenos organismos
dispersos na água do mar.
(Revista Horizonte Geográfico, 1996, n. 44. p. 42.)
|
Há uma marca da opinião do enunciador desse texto
no trecho
A) “a proa do navio encontra-se repleta de corais
moles.”
B) “há partes quebradas no parapeito da proa.”
C) ”há partes raspadas com o crescimento de
corais.”
D) ”os corais do mastro são espetaculares.”
QUESTÃO 11
Nova Dança no Salão
West coast swing encontra, nos jovens, porta de entrada no Brasil.
Música de balada é para ser dançada sozinho? Não. Pelo menos é o que dizem os praticantes da nova tendência em dança de salão, o West coast swing. A trilha é composta por Lady Gaga, Chris Brown, Akon e Skank. No Brasil, o ritmo chegou há 3 anos nos pés dos dançarinos Guilherme Abilhôa e Aline Tombini. Desde então, tem ganhado adeptos em todo o país, principalmente os mais jovens. (www.revistaviverbrasil.com.br. Acesso: 6/07/2010. Adaptado.) |
A palavra negritada no texto indica
A) ênfase. B)
exclusão.
C) limitação. D) oposição.
QUESTÃO 13
Leia uma notícia sobre uma americana de 18 anos
que colocou à prova dicas de moda, beleza e paquera da revista Seventeen.
Super Seventeen me
Está com
dificuldades na hora da paquera? Eis o tipo de dica que a revista
norte-americana Seventeendá a suas jovens leitoras: “peça a um
garoto que passe protetor solar nas suas costas”.
Foi por duvidar da eficácia de certos “mandamentos” ditados por revistas de comportamento jovem que Jamie Kelles, 18, resolveu submetê-los a uma prova de fogo. Durante um mês, ela seguiu à risca as instruções da Seventeen. “Usei bastante salto. Foi impraticável. Não sei em que mundo os leitores da Seventeen vivem”, disse, em entrevista ao Folhateen. No fim do mês, a conclusão: “Essas revistas olham as adolescentes como um grupo uniforme, com interesses bem limitados, como moda, maquiagem e garotos”. Mas Jamie não deixa de reconhecer que a revista tenta aumentar a autoestima das leitoras. “Acho que eles têm boas intenções, mas são meio hipócritas.” A hipocrisia, para ela, reside numa contradição: apesar de proclamar que as meninas aceitem seus corpos, a revista só usa modelos magrinhas. (Folha de São Paulo, 12 jul. 2010. Adaptado.) |
Para a leitora, as revistas americanas para
adolescentes apresentam um ponto de vista
A) contraditório, já que seus modelos possuem uma
variada aparência física, e isso não condiz com os adolescentes americanos.
B) inconsistente, pois, ao mesmo tempo que busca
aumentar a autoestima dos adolescentes, também é hipócrita.
C) limitado, já que enxerga os adolescentes como um
grupo diferente que só se comporta usando seus mandamentos.
D) proveitoso, porque proporciona aos adolescentes
muitas dicas, as quais podem ser utilizadas no dia a dia.
QUESTÃO 14
Os adultos criticam
facilmente. Dizem que os adolescentes são tietes, adulam seus ídolos. Ou
ainda que os adolescentes gostam de marcas, se transformam em anúncios
publicitários ambulantes. Acrescentam que eles vivem num filme, ou em vários,
e arrumam uma identidade imitando personagens. Por isso eles se perdem na
contemplação das estrelas (do cinema e dos palcos), assim como se esquecem
nas marcas que passam a defini-los. (CALLIGARIS, C. A adolescência. SP: Publifolha,
2000.)
|
Segundo o texto, a crítica que os adultos
fazem aos adolescentes têm como base
A) a imitação.
B) a transformação.
C) o exibicionismo. D)
o exotismo.
QUESTÃO
15
Fenômeno aos 14 anos
Ao contrário de
certo jogador, o novo “fenômeno” do esporte brasileiro está em plena forma
física, sua carreira vai de ótimo a melhor e os únicos escândalos que provoca
decorrem do fato de derrotar inapelavelmente gente bem mais velha. “Fenômeno”
é como os praticantes de canoagem e dirigentes se referem à mineira Ana
Sátila Vieira Vargas. E não estão exagerando. Aos 12 anos, a canoísta
completava provas com tempos superiores aos de competidores masculinos da
categoria adulta. Um ano depois, no campeonato brasileiro adulto, desbancou a
representante do país nas Olimpíadas de Pequim, Poliana de Paula, 20 anos, e
ficou com o título. Ana Sátila é a única a dominar as modalidades velocidade
(geralmente disputadas em raias montadas em canais artificiais) e slalom, em
que o canoísta tem de descer um rio desviando de balizas no menor tempo
possível. O desempenho dela é tão surpreendente que uma de suas marcas chegou
a ficar a apenas 13,77% do tempo obtido por Gustavo Selbach, um dos melhores
atletas da história da modalidade do Brasil, em um torneio nacional.
(Revista IstoÉ, jun. 2010. p. 99. Fragmento.)
|
Nesse texto, a excelência da canoísta Ana Sátila
Vieira Vargas é ressaltada pelo uso de
A) comparação. B)
eufemismo.
C) ironia.
D) metáfora.
QUESTÃO
16
Este é um trecho de um poema de Manoel de Barros.
No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois, Em poesia, que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos — O verbo tem que pegar delírio. (http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso: 10/07/10.) |
O texto transmite a ideia de que
A) se devem evitar combinações linguísticas
incomuns, como “eu escuto a cor dos passarinhos”.
B) se devem utilizar somente os significados das
palavras que estão presentes no dicionário.
C) há uma compreensão das crianças com relação à
linguagem convencional.
D) há uma tensão entre os significados
estabelecidos e os inventados pela linguagem.
QUESTÃO
17
Este texto foi retirado de um portal de notícias.
Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria – construção de instrumentos musicais –, David Rocha, 19, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos. "O tampo deste violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria. Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco. O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica. Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso. "Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria, durante as tardes. (http://goo.gl/4WcEu. Acesso: 08/05/2011. Adaptado.) |
Qual a construção adequada para intitular essa
notícia?
A) Catador de lixo começou a frequentar aulas de
músicas.
B) David já montou nove instrumentos musicais
diferentes.
C) Jovem transforma madeira velha em instrumentos
musicais.
D) Músico cursa o último ano da oficina de luteria
do colégio.
QUESTÃO
18
Homens e livros
Um fato
associado ao alto índice de alfabetismo funcional no Brasil é o baixo número
de livros que por aqui se vende e, portanto, se lê. Monteiro Lobato cunhou a
célebre frase segundo a qual “um país se faz com homens e livros”. Com
certeza, o Brasil não tem problemas no tocante à primeira condição.
Afinal, já estamos caminhando para 200 milhões de habitantes. Já no tocante à
leitura... Dados divulgados em setembro de 2005 pela Câmara
Brasileira do Livro atestam que, em 2004, foram vendidos, no Brasil,
289 milhões de livros não-didáticos. Apesar da aparência, trata-se de
resultado pouco expressivo. (Revista Discutindo
Língua Portuguesa, 2005, n. 1. p. 7. Adaptado.)
|
A expressão negritada no texto se refere
A) à frase atribuída a Monteiro Lobato. B) à
quantidade de livros vendidos no Brasil.
C) ao número de habitantes no Brasil. D) ao
problema do analfabetismo funcional.
QUESTÃO
19
Texto I
Faixa etária
para doação de sangue é ampliada pelo Ministério da Saúde.
Quem tem 16 e 17 anos, com autorização dos pais, e idosos com até 68 agora também podem doar sangue, segundo novo regulamento técnico do Ministério da Saúde. Com as medidas, a previsão é que aproximadamente 14 milhões de brasileiros sejam incentivados a serem doadores. A portaria 1.353, que estabelece novos critérios para a doação de sangue no Brasil, foi publicada no Diário Oficial da União, em 14/06/2011. (http://goo.gl/SJQHb. Acesso: 02/07/2011. Adaptado.) |
Texto II
Governo libera
adolescentes e idosos para doar sangue
O Ministério da Saúde vai permitir que adolescentes que tenham a partir de 16 anos e idosos de até 67 anos doem sangue. Até hoje, apenas as pessoas de 18 a 65 anos podiam doar sangue. No caso dos adolescentes de 16 e 17 anos, a doação terá de ser autorizada pelos pais ou responsáveis legais. O limite de idade para que a pessoa faça sua primeira doação de sangue é de 60 anos. Com o aumento da faixa etária de pessoas que podem doar sangue, a expectativa é que o volume de doações aumente. (http://goo.gl/11392. Acesso: 02/07/2011. Adaptado.) |
Ambos os
textos abordam a doação de sangue. No entanto, apresentam uma informação
diferente. Que informação é essa?
A) Exigência de autorização dos pais para menores
doarem.
B) Expectativa de aumento do volume de pessoas
doadoras
C) Idade mínima de adolescentes para doarem sangue.
D) Limite máximo de idade para idosos doarem
sangue.
QUESTÃO
20
Estrela explosiva
Não é só quando queima a pele que o Sol atrapalha
a sua vida. Intempéries no astro podem afetar – e muito – o cotidiano aqui na
Terra. Chamadas de tempestades solares, elas são erupções na superfície da
estrela que liberam uma alta carga de energia no espaço.
As tempestades foram estudadas pela primeira vez no início do século passado, ao causarem pane no sistema de comunicação de submarinos. Desde então, os cientistas tentam compreender como e por que acontecem – e se é possível minimizar seus impactos na Terra. Por enquanto, não é possível nem prevê-las. (Revista Galileu, mai. 2011, n. 238. p. 28. Adaptado.) |
Adequando o texto
à norma-padrão, o autor fez a concordância do verbo destacado com
A)
"cientistas".
B) "impactos".
C)
"submarinos". D)
"tempestades".
QUESTÃO
21
Texto I A
importância do hábito de ler
A leitura deve
ser um hábito na vida das pessoas. Através dela, descobrimos e aprendemos
culturas, histórias e hábitos diferentes; compreendemos a realidade; nos
mantemos informados das atualidades e melhoramos o modo como escrevemos.
Diante disso, pode-se afirmar que a leitura é uma prática essencial na vida
das pessoas e, por isso, uma das mais importantes tarefas a ser realizada
pela escola. A leitura pode estar relacionada com o prazer, com o estudo e
com a aquisição de informações. Aproveite-a! (http://mundoeducacao.uol.com.br/educacao/a-importancia-habito-ler.htm.
Adaptado.)
|
Texto II Hábito de Leitura
Nem todo mundo
tem hábito de ler, embora seja essencial na vida das pessoas e de ser um
forte instrumento para se manter informado das atualidades. A leitura é um
modo de melhorar a escrita, de argumentar, além de trazer um enriquecimento
relevante no vocabulário do leitor, em sua forma de se expressar. Procure
estabelecer um horário de leitura, todos os dias, descubra qual o melhor para
você se dedicar a essa atividade e siga com determinação. Algumas pessoas
preferem ler pela manhã, outras no final da tarde, mas uma boa opção é tirar
uma hora antes de dormir para isso. (www.brasilescola.com/educacao/habito-leitura.htm.. Adaptado.)
|
Ambos os textos apresentam informações
semelhantes, mas apenas o texto I afirma que a leitura é
A) um hábito relacionado ao prazer.
B) um modo de aprimorar a escrita.
C) uma atividade essencial na vida das pessoas. D) uma fonte de
informação das atualidades.
QUESTÃO 23
Hidrogênio é o futuro...
A energia de
origem fóssil é finita. Petróleo, gás e carvão vão acabar. Pode demorar, mas
o esgotamento é inevitável. Não é à toa que hoje existe uma busca incessante
por fontes alternativas de energia limpa em todo o mundo. A atual aposta em
biodiesel não se sustenta. Se analisarmos a matriz mundial de produção de
energia, as sustentáveis ainda representam uma fatia pequena. Entre as
energias alternativas, as de biomassa e biocombustíveis, como o etanol,
também causam um aumento na emissão do CO² que, teoricamente, seria
compensado pela sua captura no replantio e crescimento dessas fontes de
bioenergia. É aí que o hidrogênio se encaixa. Comprovadamente a mais
promissora e mais limpa fonte de energia alternativa, é a melhor solução de
longo prazo para o setor automotivo. (Revista Galileu, 5. Adaptado.)
|
O autor se coloca contra a ideia de que
A) a alternativa da biomassa é poluente. B) a energia
de origem fóssil vai acabar.
C) o biodiesel é a melhor solução energética. D) o hidrogênio é a
fonte de energia mais limpa.
QUESTÃO
25
Tá quente, Brasil!
Pode parecer
estranho, mas é mais fácil prever o clima no planeta inteiro do que em um só
país. Para isso, é preciso não só saber os fatores que influenciam todo o
mundo como calcular a interação deles com montanhas, florestas e cidades. Os
cientistas já sabem que, na pior das hipóteses, a temperatura na América do
Sul subirá entre 2 e 6 ºC, e, se fossem limitadas as emissões de gases,
reduziria o problema para entre 1 e 4 ºC. A maior complicação é calcular como
esse calor vai interferir no regime de chuvas no Brasil: cada programa de
computador dá um resultado diferente do outro. Mas, tirando uma média entre
as diferentes previsões, os cientistas conseguem ter uma ideia razoável de
como ficarão o clima e os ecossistemas por aqui. “A tendência é que uma
vegetação substitua a outra: floresta vira cerrado, cerrado vira caatinga e
caatinga vira semi-deserto.”, diz o pesquisador, do CPTEC. (Revista Superinteressante, out. 2005. p. 44-51.
Adaptado.)
|
A passagem em
negrito expressa que
A) o comportamento
dos brasileiros é prejudicial ao clima. B) o único problema ambiental
são as emissões de gases.
C) os problemas do
efeito estufa podem ser amenizados. D) os projetos foram
desenvolvidos para reduzir as emissões.
QUESTÃO 26
O nome das coisas
Outro dia fui
comprar um abajur. A mocinha me olhou e perguntou:
− Luminária? Eu olhei em volta, tinha uma porção de abajur. − Não, abajur mesmo, eu disse. − De teto? Fiquei olhando meio pasmo para a vendedora, para o teto, para a rua. Ou eu estava muito velho ou ela estava muito nova. No meu tempo - e isso faz pouco tempo - o abajur a gente punha no criado-mudo, na mesinha da sala. E lá em cima era lustre. − Lustre? Descobri que agora é tudo luminária. Passou por spot, virou luminária. Pra mim, isso é pior que bandeirinha virar auxiliar de arbitragem e passe (no futebol) chamar-se - agora - assistência. Quem são os idiotas que ficam o dia inteiro pensando nessas coisas? Mudar o nome das coisas? Por que eles não mudam o próprio nome? (http://pirollo.dihitt.com.br/noticia/nome-das-coisas-mario-prata. Acesso: 28/04/2011. Adaptado.) |
Qual fato é gerador do enredo do texto?
A) A compra na loja de luminárias. B) A idade do
comprador da luminária.
C) A incompreensão da vendedora da loja. D) A mudança dos nomes das
coisas.
QUESTÃO 27
Na África ou no próprio bairro, saiba como ser um voluntário
O trabalho
voluntário para os jovens pode dobrar a lista dos amigos no site de
relacionamento, e produzir a sensação boa de estar ajudando quem precisa. É
algo que certamente vai contar muitos pontos no currículo e mostrar que o
jovem é ativo e tem responsabilidade.
Grupos de jovens voluntários estão trabalhando tanto em países da África, quanto nos bairros da cidade onde residem. Todos os jovens deveriam fazer trabalho voluntário, porque os benefícios são enormes. (www1.folha.uol.com.br/folhateen/987512-na-africa- 10/2011. Adaptado.) |
O título está inadequado, porque
A) aborda questões irrelevantes, com relação ao
texto. B) afirma
possibilidades não confirmadas no texto.
C) foi elaborado de forma extensa e prolixa demais. D) tem informações
insuficientes em relação ao texto.
A esposa de um fazendeiro aguardava notícias do
marido, que havia viajado para decidir como investir uma grande quantia
recebida de herança. Recebeu o seguinte telegrama, sem qualquer pontuação:
“compro a casa não o apartamento nunca vou gastar meu dinheiro com você é
melhor não vale a pena guardar”. Ao ler a mensagem, a senhora refletiu um
pouco e depois ficou muito alegre, pois iria ganhar o dinheiro do marido, que
havia preferido não investir em imóveis.
|
A qual pontuação corresponde a interpretação dada
pela esposa?
A) Compro a casa? Não, o apartamento. Nunca vou
gastar meu dinheiro com você, é melhor não. Vale a pena guardar.
B) Compro a casa, não o apartamento. Nunca vou
gastar meu dinheiro com você. É melhor. Não vale a pena guardar.
C) Compro a casa? Não. O apartamento? Nunca. Vou
gastar meu dinheiro com você. É melhor. Não vale a pena guardar.
D) Compro a casa? Não. O apartamento? Nunca, vou
gastar meu dinheiro. Com você, é melhor não. Vale a pena guardar.
QUESTÃO 30
O delírio
A
história do homem e da terra tinha assim uma intensidade que lhe não podiam
dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a
imaginação, mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva
de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os
séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio
são outros, eu via tudo o que passava diante de mim - flagelos e delícias -,
desde essa cousa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e
via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade.
Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a
enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a
melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho,
até destruí-lo, como um farrapo. (ASSIS, M. Machado de Assis para
principiantes. SP: Ática, 2001. p. 25. Adaptado.)
|
Na descrição do delírio, o que o narrador via
passar?
A) A agitação da ambição. B) A
destruição do homem.
C) A inflamação da inveja. D) A
multiplicação do amor.
16 de nov. de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)