Avaliação de Língua Portuguesa

E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
AVALIAÇÂO DE PORTUGUÊS / 2012                               
ALUNO (A):________________Nº___               SÉRIE:
 PROFESSOR: ____________                           VALOR: _____                                                                         NOTA:   _______                                                           
                                                                                                                                           BOA SORTE!!!
Leia o texto abaixo para, em seguida, responder às questões de 1 a 10.
BRINCADEIRA

Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
— Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
— Como é que você soube?
— Não interessa. Sei de tudo.
— Me faz um favor. Não espalha.
— Vou pensar.
— Por amor de Deus.
— Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
— Sei de tudo.
— Co-como?
— Sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
— Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
— Alguém mais sabe?
Outras se tornavam agressivas:
— Está bem, você sabe. E daí?
— Daí, nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
— Se você contar para alguém, eu...
— Depende de você.
— De mim, como?
— Se você andar na linha, eu não conto.
— Certo.
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
— Eu sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
— Não sei. O que é que você sabe?
— Não se faça de inocente.
— Mas eu realmente não sei.
— Vem com essa.
— Você não sabe de nada.
— Ah, quer dizer que existe alguma coisa para saber, mas eu é que não sei o que é?
— Não existe nada.
— Olha que eu vou espalhar...
— Pode espalhar que é mentira.
— Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
— Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
— Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
— Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
— Aquilo o quê?
— Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
— Você contou para alguém?
— Ainda não.
— Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era enorme.
— Por que eu? — quis saber.
— A posição é de muita responsabilidade — disse o amigo. — Recomendei você.
— Por quê?
— Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos, mas nunca abria a boca para falar de ninguém.
Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
— Sei de tudo.
— Co-como?
— Sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino.
Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia remota. Os vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que mais se ouvia era a dele, gritando:
— Era brincadeira! Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.(Luis Fernando Verissimo. Comédias da vida privada.)
Vocabulário
discrição: qualidade de discreto, isto é, de algo ou alguém que não chama a atenção, de pessoa que guarda segredo.
gentleman: palavra do inglês que significa “homem fino”, “cavalheiro”.
remoto: distante.

01 - Todo texto narrativo apresenta uma personagem principal, à qual se dá o nome de protagonista. Quando há uma personagem que se opõe às ações e aos interesses do protagonista, ela é chamada de antagonista.
No início do texto, o narrador conta que o protagonista “Descobriu que tinha poder sobre as pessoas”. O que as pessoas temiam?

02 - Que tipo de poder supostamente o protagonista passou a ter?


03 - Impostor é aquele que quer passar pelo que não é. Você diria que o texto narra a história de um impostor? Por quê?


04 - Nós desconhecemos o segredo que as vítimas queriam que fosse guardado. Contudo, qual é o segredo do protagonista?


05 - O texto não revela o nome de nenhuma personagem. Considerando que essa história narra uma trama que joga com informações e poder, haveria algum motivo para o ocultamento do nome das personagens?


06 - Observe a ironia presente nas frases finais do texto:
“as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais”.
Em que consiste essa ironia?
07 - O sentido de um texto resulta não apenas das idéias que ele veicula, mas também da maneira como sua linguagem é organizada. Observe que o texto “Brincadeira” é construído com frases curtas e diretas. Considerando o envolvimento entre as personagens do texto, por que você acha que o autor emprega frases curtas?



08 - As reticências são um sinal de pontuação que pode ter diferentes sentidos, dependendo do contexto
em que são empregadas. Observe estas frases:
“— Se você contar para alguém, eu...”
“— Olha que eu vou espalhar...”
Na 1ª fala, o que você acha que a pessoa iria dizer em seguida?



09 - Na pergunta “— Co-como?”, feita por uma das vítimas, o autor repete uma sílaba procurando imitar
a fala da personagem. O que essa repetição sugere quanto ao seu estado emocional?


10 – O texto de Luis Fernando Veríssimo, lido acima, é predominantemente dramático (desenvolvido em diálogos), porém se faz presente um narrador. A respeito desse narrador é correto a firmar que:
(a) Trata-se de um narrador em 3³ pessoa observador.
(b) Trata-se de um narrador protagonista.
(c ) Trata-se de um narrador personagem
(d) Trata-se de um narrador em 1ª pessoa.
(e) O narrador é o assassino da história.

11 - Agora, considere o seguinte trecho: 
Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado. O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
A) ao médico do Milan.
B) a Cafu.
C) ao doutor José Luiz Runco.
D) ao volante Edu.
E) ao atacante Ricardo Oliveira.
Observe a charge a seguir:
12 –O sentido dessa charge faz-se a partir de um conjunto temático, estrutural e verbal. Sendo assim, a mensagem implícita (escondida) e irônica se constrói principalmente sobre:  (0,5)
(a)  A imagem do político.
(b)  Os óculos, que escondem os olhos do político.
(c)  A marca da roupa do político.
(d)  A mensagem destacada: “Propaganda eleitoral pela internet”.
 (e) A sonoridade da expressão “@masfaz” (arrobamasfaz), que constrói um segundo sentido.

13 – A base para o sentido e o entendimento desta charge está:

(a)  Na nova lei que autoriza a veiculação de propaganda política via e-mail.
(b)  No desenho, visto que é uma publicidade comercial sobre roupas.
(c)  No desenho, visto que é uma publicidade comercial sobre charutos.
(d) Na possibilidade de qualquer pessoa candidatar-se a um cargo político pela internet.
(e)  Na propaganda comercial de um site político da internet.
14 – Agora, observe esta outra charge abaixo:
O sentido dessa charge faz-se, também, a partir de um conjunto temático, estrutural e verbal. Sendo assim, a mensagem implícita (escondida) e irônica se constrói principalmente sobre:  (a) O conjunto: imagem da pizza, o recheio da mesma, e a frase logo abaixo do desenho, que faz referência à impunidade política em nosso país, em que popularmente se diz que: “No Brasil tudo acaba em Pizza”.
 (b) A imagem da pizza, que mostra a intenção comercial da propaganda
 (c) A mensagem “À moda da casa”, que demonstra que os principais problemas do Brasil concentram-se no setor da moradia
 (d) A mensagem “À moda da casa”, que mostra que as pessoas estão muito despreocupadas com o país, preocupando-se somente com o que consomem em suas casas.
(e)  O fato de a pizza estar dentro de uma caixa, que mostra que nossos políticos empacotam todos os nossos problemas.

15 – Discurse sobre qual a relação de proximidade existente entre a charge da questão número 12 e a charge da questão número 14. 

Avaliação de Língua Portug

E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
AVALIAÇÂO DE PORTUGUÊS / 2012                               
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                                                                                                                                           BOA SORTE!!!
Você leu contos e relatos de jornal. Nos contos prevalece a imaginação, e nos relatos jornalísticos – notícias e reportagens – predomina a intenção de informar.
A crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade. Vamos descobrir como a crônica a seguir desenvolve tudo isso.
CADA PERGUNTA!
            A menina brinca no tapete, parecendo nem ouvir o jornal, mas, quando começa o intervalo, levanta a cabeça.
—Pai, que que é corrupção? O pai e a mãe se olham, o pai suspira, diz bem, corrupção..
—... Não é coisa pra gente da sua idade, né.
Claro que é, diz a mãe:
—Responde direito, que se a criança pergunta, é porque quer resposta.
Bem, pigarreia ele, corrupção é...
—... por  exemplo roubar dinheiro do governo, que é  dinheiro de todo mundo.
—E como é que a corrupção rouba dinheiro do governo?
O pai explica que quem rouba não é a corrupção, é o corrupto, e alguém, ou melhor, é muita gente que rouba o governo.
—Por exemplo, o funcionário que desvia dinheiro do governo. Ou deputado que vendo o voto dele lá no Congresso. Ou um juiz que emprega os parentes deles. Ou o empresário que paga para ganhar concorrência das obras do governo. Ih, filha, tem tanto jeito de roubar o governo, não é, mulher?
 —É, e o seu pai também rouba o que pode quando faz declaração  de imposto de renda.
Volta o telejornal e menina volta a brincar, eles voltam a ver as notícias. Novo intervalo, ela de novo ergue a cabeça. 
—Por que o dólar sempre sobe e o real sempre cai?
O pai suspira fundo, e com voz monótona compara os Estados Unidos e o Brasil às diferenças de colonização, Inglaterra e Portugal, e as diferenças geográficas, climáticas, culturais! Mas a mãe diz que não é por nada disso:
—Acho que é porque eles são um povo menos corrupto, filha.
—Então o povo também é corrupto, mãe?
—E você acha que tinha tanta corrupção se o povo não fosse corrupto?
Você vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por isso mesmo é preciso responder.
            Volta o telejornal, e depois no intervalo a menina volta a perguntar:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
—E só tem tanta corrupção—emenda a mãe—porque tem muita impunidade, ninguém denuncia, entendeu?
Ela de novo volta a brincar, mas antes de mais um intervalo vai até diante da mãe:
—Então você acha que, pra acabar a corrupção, a gente tinha de contar que o pai rouba no imposto?
O pai pula da poltrona:
—Tá vendo?! Criança delatando pai só mesmo na Alemanha nazista! Eu falei que isso não era conversa boa! Mas você e sua educação moderna!...
Sai batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.
—Que que eu falei de errado, mãe?       
—Nada, filha, nada. Mas você faz cada pergunta!..      
01. Releia o que foi dito sobre a crônica no início desta avaliação:
A crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.
Qual é o cotidiano expresso na crônica “Cada pergunta”? Explique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02. Qual é o aspecto humorístico do fato apresentado na crônica?
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03. De acordo com a definição de crônica, esse gênero geralmente tem a intenção de fazer uma critica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.

Assinale a (s) provável (eis) crítica (s) que pode (m) ser percebida (s) nesse texto:
(  ) O autor faz uma crítica à falta de educação das crianças que acaba incomodando os adultos.
(  ) O autor faz uma crítica à programação da televisão que não respeita a idade das crianças.
(  ) O autor faz uma crítica ao comportamento contraditório das pessoas que defendem uma idéia e agem de forma contrária ao que defendem.
(  ) O autor faz uma critica à situação do Brasil.
___________________________________________________________________________________________
04. Explique a (s) alternativa (s) escolhida (s) no exercício anterior.
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05. Pelo contexto apresentado, o que “inspira” as perguntas da menina?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
06. Releia o trecho:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
A que tipo de situação essas falas podem estar se referindo?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
07. “Sai batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.”
Você concorda com o comportamento dos pais da criança? Explique e argumente para justificar sua opinião.

08. Que uso da língua predomina na crônica: formal ou informal? Explique e justifique.
09. Localize no texto e transcreva dois usos da língua que são próprios da língua falada.


10. No trecho a seguir, localize e transcreva duas expressões em sentido figurado que são utilizadas em linguagem coloquial:


Você vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por isso mesmo é preciso responder.
            Volta o telejornal, e depois no intervalo a menina volta a perguntar:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
_________________________________________________________________________________________________

11. Uma das características da linguagem mais formal, principalmente escrita, é a de evitar repetições. Reescreva as frases a seguir, substituindo os termos grifados por pronomes pessoais que evitem a repetição e tornem a frase mais formal:
A) Voltam as notícias, a menina volta a brincar, eles voltam a ver as notícias.

B) A menina brinca no tapete. Ao perguntar o que é corrupção, os pais olham a menina e se olham com surpresa.

C) Impunidade é quando você comete um crime e não é preso. O corrupto garante a impunidade pagando a outros corruptos para que não o denunciem.

12. O emprego da palavra gente no lugar de nós é um uso próprio da linguagem coloquial.
Em qual das frases a seguir pode ser identificado esse uso?
(   ) “...não é coisa pra gente da sua idade, né.”
(   ) “O pai explica que quem rouba não é a corrupção, é o corrupto, e alguém, ou melhor, é muita gente que rouba o governo...”
(   ) “Então você acha que, pra acabar a corrupção, a gente tinha de contar que o pai rouba no imposto?”

13. Reescreva a frase escolhida no exercício anterior substituindo a palavra gente por nós. Faça adequações necessárias para torná-las mais formal.
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14. O que são palavras homófonas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
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15.O que são palavras homógrafas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
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Avaliação de Língua Portuguesa

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AVALIAÇÂO DE NGLÊS / 2012                               
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                                                                                                                                           BOA SORTE!!!
Leia o texto a seguir com atenção.
A FESTA NO CÉU
Espalhou-se entre as aves a notícia de que haveria uma grande festa no céu. Todas as aves compareceriam e os outros animais ficariam com inveja, pois sendo incapazes de voar, não poderiam ir.
Adivinhe quem disse que iria também à festa? O sapo! Logo ele, pesado e nem conseguindo correr, seria capaz de aparecer nas alturas! Pois o sapo disse que tinha sido convidado e ia de qualquer jeito. Os bichos quase morreram de rir. Os pássaros então, nem se fala.
O sapo tinha um plano. Na véspera, procurou o urubu e deu uma prosa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse:
— Bom, amigo urubu, quem é manco parte cedo e vou indo, porque o caminho é comprido.
O urubu pediu confirmação:
— Você vai mesmo, né?
— Se vou? Te vejo lá!
Em vez de sair, o sapo disfarçou, deu meia-volta, entrou pela janela do quarto e vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo.
O urubu, mais tarde, pegou a viola, amarrou a tiracolo e se mandou para o céu.
Chegando no céu, o urubu arriou a viola num canto e foi procurar outras aves.
O sapo botou um olho de fora e vendo que estava sozinho, deu um pulo e
ganhou a rua, todo feliz. Não queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o sapo pulando no céu. Perguntaram, perguntaram, mas o sapo fez conversa mole. A festa começou e o sapo se espalhou. Lá pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito que veio, o sapo foi se esgueirando e correu para onde o urubu havia se hospedado. Procurou a viola, acomodou-se e ficou à espera.
O sol saindo, acabou a festa e os convidados foram voando, cada um pra seu destino. O urubu pegou a viola e tocou para a terra.
Ia pelo meio do caminho quando, numa curva, o sapo se mexeu e o urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
— Ah, camarada sapo! É assim que você vai à festa do céu? Confiado você, hein?
E, daquela altura, emborcou a viola. O sapo despencou. E dizia, na queda:
Béu! Béu!
Se eu desta escapar. Nunca mais bodas ao céu!
E vendo as serras lá embaixo:
— Arreda, pedra, senão eu te arrebento!
Bateu em cima das pedras como uma abóbora, espedaçando-se todinho. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do sapo, juntou os pedaços e o sapo viveu de novo. Por isso o sapo tem o couro cheio de remendos.      (Luís Câmara Cascudo)
Interpretação
1- A notícia de que haveria uma festa no céu provocou um sentimento de inveja em alguns animais. Por quê? Justifique essa afirmação.


2- Por que os bichos morreram de rir quando o sapo disse que iria à festa?


3- “O sapo tinha um plano.” Qual era esse plano?



4- No final do texto, o sapo recebe um prêmio. Em que consiste esse prêmio?

5- Você poderia explicar com as suas palavras as principais diferenças entre a linguagem formal e a linguagem informal? Em quais lugares podemos encontrar cada uma delas?

6- No texto “A festa no céu”, predomina a linguagem mais formal ou mais informal? Explique e dê um exemplo que confirme a sua resposta.


7- Transcreva do trecho a seguir uma expressão que representa um uso próprio da linguagem oral:
— Ah, camarada sapo! É assim que você vai à festa do céu? Confiado você, hein?


8- Quantos parágrafos o texto possui? Enumere-os no texto.

9- O que é o clímax da história? Em qual (is) parágrafo(s) encontramos o clímax desta história?


10- A história que você leu “A festa no céu” é um conto popular. Se você tivesse que explicar para alguém o que é o conto popular, o que diria?
OBSERVAÇÃO:
Todas as questões abaixo são em forma de testes e para cada uma delas só existe uma alternativa correta.
11- Leia a tirinha:
O que justifica o uso abreviado da forma verbal “estão” na fala da menina?
A)A busca por uma linguagem mais cuidada.
B)A tentativa de apresentar uma linguagem formal.
C)A representação de uma linguagem próxima da fala.
D)O grau de distanciamento emocional entre as crianças.
________________________________________________________________________________________________
12- Leia a expressão abaixo:
“Ele tem pé quente!”
Como você já sabe, a expressão destacada é um dito popular. Qual é o sentido que ela produz?
A) Ele tem um segredo guardado.
B) Ele tem desconfiança.
C) Ele é grande dançarino.
D) Ele é uma pessoa de sorte.
________________________________________________________________________________________________
13-
A linguagem informal é caracterizada por:
A) seguir as regras de uma gramática normativa eleita como variedade-padrão.
B) ser mais espontânea e descontraída.
C) geralmente não empregar gírias.
D) ser mais utilizada em palestras, reuniões científicas, documentos oficiais.
________________________________________________________________________________________________
14-
Nós estudamos que os momentos de uma narrativa tradicional podem ser organizados da seguinte maneira:
A) Situação inicial e conflito.
B) Situação inicial, conflito e final.
C) Situação inicial, conflito, clímax do conflito, desfecho.
D) Situação inicial, conflito, desfecho e clímax do desfecho.
________________________________________________________________________________________________
15-
Dizemos que um texto está em prosa quando está organizado em:
A) versos.
B) frases contínuas formando parágrafos.
C) frases formando poema.
D) frases formando estrofes.



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Leia o conto abaixo com muita atenção:
O MENDIGO E A RAINHA
Era uma vez, um mendigo muito sujo e desanimado, que estava deitado no meio da rua. Ele, de longe, viu passar à rainha com o sua coroa e capa, toda linda e bem vestida. Ele disse:
-Vou-lhe pedir, ela é boa, certamente me dará alguma coisa.
Quando a rainha passou perto, o mendigo disse:
- Majestade, poderia, por favor, dar-me uma moeda? - Embora no seu interior pensasse que lhe ia dar muito mais.
A rainha olhou-o e respondeu-lhe:
- Por que não me dás tu alguma coisa? Acaso não sou eu a tua rainha?
O mendigo não sabia que responder e só se arriscou a falar:
 -Mas...mas..., majestade...eu não tenho nada!
A rainha respondeu:
- Algo deves ter... procura!
Entre assombro e irritação, o mendigo procurou entre as suas coisas e viu que tinha uma laranja, um pão e uns grãos de arroz. Pensou que o pão e a laranja era muito para lhe dar, assim, em meio de sua irritação, agarrou 5 grãos de arroz e deu-os à rainha. Agradada, ela disse:
- Vês como tinhas!
A rainha então lhe deu 5 moedas de ouro: uma por cada grão de arroz que tinha recebido.
O mendigo então lhe disse:
- Majestade, é...é... eu julgo que tenho outras coisas.
Mas a rainha olhou-o fixamente nos olhos e, com doçura, comentou-lhe:
 - Somente o que tu me deste de coração, eu posso te retribuir.
01- Se você tivesse que explicar para alguém o que é o conto, o que diria?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02- Por ser um texto ficcional, uma das características do conto é não relatar o dia, nem o ano em que ocorreu a história, justamente para levar o leitor a entrar no mundo da fantasia, da imaginação. Que expressão foi usada nesse conto para sugerir que o acontecimento pode ter ocorrido há meses, anos ou até mesmo décadas?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
03- Qual é a diferença entre a linguagem formal e a linguagem informal? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
04- No conto lido, existem alguns traços da linguagem informal. Aponte-os no texto. (Você poderá sublinhar no texto ou copiar novamente os trechos).
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
05- O texto transmite algum ensinamento ou “moral da história”. Em que parte isso acontece? Qual a moral dessa história para você?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
06- Para que serve o substantivo? Retire cinco exemplos do texto.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
07- Escreva os adjetivos que poderiam substituir as locuções adjetivas nas expressões seguintes:
Siga o modelo: brilho da lua = brilho lunar
a) força do homem: ________________________________________________________________________________
b) água da chuva: _________________________________________________________________________________
c) corpos do céu: __________________________________________________________________________________
d) água do rio: ____________________________________________________________________________________
e) material da escola: _______________________________________________________________________________
f) amor de mãe: ___________________________________________________________________________________
g) lanche da manhã: _______________________________________________________________________________

08- Reescreva o trecho abaixo, eliminando a repetição:
Recentemente foi produzido um filme sobre Pelé. Nesse filme é feito um relato da vida pessoal e profissional de Pelé. Pelé atuou muitas vezes na seleção brasileira. Os gols de Pelé causam admiração até hoje. Embora já esteja afastados dos campos, Pelé é ainda um ídolo em várias partes do mundo.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
09- Leia o trecho abaixo e identifique no quadro os adjetivos e as locuções adjetivas que delimitam o significado da comida japonesa Tofu frito.
Tofu frito- bolsas finas e fritas de tofu, douradas, com uma textura áspera.”

10- Imagine que você e sua amiga fará uma viagem. Você então resolveu escrever uma carta para ela, descrevendo parte de sua bagagem para que ela possa preparar melhor a própria bagagem.
Reescreva o trecho abaixo, detalhando com adjetivos e locução adjetivas os substantivos sublinhados, para que sua amiga tenha uma ideia mais precisa do que levar.

Laura,

Trouxe na minha bagagem apenas o que considerei essencial:
2 meias, 3 calças, 2 pares de tênis, 5 camisetas, 1 par de chinelos, 1 pijama, 1 bermuda e 3 shorts.
Laura,

1- Observe o trecho extraído da canção "Pau-de-arara", de Guio Moraes e Luiz Gonzaga:
"Quando eu vim do sertão, seu moço,
Do meu Bodocó"
Assinale a alternativa que mostra uma marca da linguagem coloquial ou informal usada nesse trecho.
A) Quando eu vim
B) do sertão
C) seu moço
D) Do meu
12- Qual das frases abaixo apresenta uma linguagem formal? Assinale a alternativa correta.
A) A gente gosta mesmo é de brincar.
B) Tá faltando bolacha no pacote.
C) Nós ganharemos as eleições com vantagem.
D) Os alunos tão estudando muito pra prova.

13- Assinale a alternativa que indica o que é importante considerar quando estamos produzindo um texto oral ou escrito.
A)Quem são os interlocutores envolvidos.
B)Qual é o objetivo (finalidade) da comunicação.
C)Que linguagem é mais adequada para a circunstância.
D)Todas as anteriores estão adequadas.

14- Leia a letra da canção:
Homem-aranha
Eu adoro andar no abismo
Numa noite viril de perseguição
Saltando entre os edifícios
Vi você
Em poder de um fugitivo
Que cercado pela polícia
Te fez refém lá nos precipícios
Foi paixão à primeira vista
Me joguei de onde o céu arranha
Te salvando com a minha teia
Prazer, me chamam de Homem-aranha
Seu herói
Hoje o herói agüenta o peso
Das compras do mês
No telhado, ajeitando a antena da tevê
Acordado a noite inteira pra ninar bebê

Chega de bandido pra prender
De bala perdida pra deter
Eu tenho uma idéia:
Você na minha teia
Chega de assalto pra impedir,
Seja em Brasília ou aqui
Eu tive a grande idéia:
Você na minha teia
Hoje eu estou nas suas mãos
Nessa sua ingênua sedução
Que me pegou na veia
Eu tô na tua teia.
                                               VERCILO, Jorge. Homem-aranha. CD Perfil, faixa 5. Rio de Janeiro: Som Livre, s.d.

O que podemos entender a partir da leitura dos versos destacados? Assinale a alternativa correta.
A) O super-herói tornou-se humano, não tem mais poderes.
B) A luta diária já é prova do heroísmo de muitos homens.
C) Os heróis de verdade não devem ajudar suas esposas.
D) O amor à primeira vista pode acontecer com qualquer um.

Atividades Roma antiga e Grécia antiga

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