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E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
AVALIAÇÂO DE PORTUGUÊS / 2012
ALUNO (A):________________Nº___ SÉRIE:
PROFESSOR:
____________
VALOR: _____
NOTA: _______
BOA SORTE!!!
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Você
leu contos e relatos de jornal. Nos contos prevalece a imaginação, e nos
relatos jornalísticos – notícias e reportagens – predomina a intenção de
informar.
A
crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico
ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a
intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade. Vamos
descobrir como a crônica a seguir desenvolve tudo isso.
CADA
PERGUNTA!
A
menina brinca no tapete, parecendo nem ouvir o jornal, mas, quando começa o
intervalo, levanta a cabeça.
—Pai,
que que é corrupção? O pai e a mãe se olham, o pai suspira, diz bem,
corrupção..
—...
Não é coisa pra gente da sua idade, né.
Claro
que é, diz a mãe:
—Responde
direito, que se a criança pergunta, é porque quer resposta.
Bem,
pigarreia ele, corrupção é...
—...
por exemplo roubar dinheiro do
governo, que é dinheiro de todo mundo.
—E
como é que a corrupção rouba dinheiro do governo?
O
pai explica que quem rouba não é a corrupção, é o corrupto, e alguém, ou
melhor, é muita gente que rouba o governo.
—Por
exemplo, o funcionário que desvia dinheiro do governo. Ou deputado que vendo
o voto dele lá no Congresso. Ou um juiz que emprega os parentes deles. Ou o
empresário que paga para ganhar concorrência das obras do governo. Ih, filha,
tem tanto jeito de roubar o governo, não é, mulher?
—É, e o seu pai também rouba o que pode
quando faz declaração de imposto de
renda.
Volta
o telejornal e menina volta a brincar, eles voltam a ver as notícias. Novo
intervalo, ela de novo ergue a cabeça.
—Por
que o dólar sempre sobe e o real sempre cai?
O
pai suspira fundo, e com voz monótona compara os Estados Unidos e o Brasil às
diferenças de colonização, Inglaterra e Portugal, e as diferenças geográficas,
climáticas, culturais! Mas a mãe diz que não é por nada disso:
—Acho
que é porque eles são um povo menos corrupto, filha.
—Então
o povo também é corrupto, mãe?
—E
você acha que tinha tanta corrupção se o povo não fosse corrupto?
Você
vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso
não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por
isso mesmo é preciso responder.
Volta o telejornal, e depois no
intervalo a menina volta a perguntar:
—E
o que que é impunidade?
—Essa
eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um
crime e não é preso.
—E
só tem tanta corrupção—emenda a mãe—porque tem muita impunidade, ninguém
denuncia, entendeu?
Ela
de novo volta a brincar, mas antes de mais um intervalo vai até diante da
mãe:
—Então
você acha que, pra acabar a corrupção, a gente tinha de contar que o pai
rouba no imposto?
O
pai pula da poltrona:
—Tá
vendo?! Criança delatando pai só mesmo na Alemanha nazista! Eu falei que isso
não era conversa boa! Mas você e sua educação moderna!...
Sai
batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.
—Que
que eu falei de errado, mãe?
—Nada,
filha, nada. Mas você faz cada pergunta!..
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01.
Releia o que foi dito sobre a crônica no início desta avaliação:
A
crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico
ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a
intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.
Qual
é o cotidiano expresso na crônica “Cada pergunta”? Explique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02.
Qual é o aspecto humorístico do fato apresentado na crônica?
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03.
De acordo com a definição de crônica, esse gênero geralmente tem a intenção de
fazer uma critica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.
Assinale
a (s) provável (eis) crítica (s) que pode (m) ser percebida (s) nesse texto:
( ) O autor faz uma crítica à falta de educação
das crianças que acaba incomodando os adultos.
( ) O autor faz uma crítica à programação da
televisão que não respeita a idade das crianças.
( ) O autor faz uma crítica ao comportamento
contraditório das pessoas que defendem uma idéia e agem de forma contrária ao
que defendem.
( ) O autor faz uma critica à situação do
Brasil.
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04.
Explique a (s) alternativa (s) escolhida (s) no exercício anterior.
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05.
Pelo contexto apresentado, o que “inspira” as perguntas da menina?
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06.
Releia o trecho:
—E
o que que é impunidade?
—Essa
eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um
crime e não é preso.
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A
que tipo de situação essas falas podem estar se referindo?
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07.
“Sai batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.”
Você
concorda com o comportamento dos pais da criança? Explique e argumente para
justificar sua opinião.
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08.
Que uso da língua predomina na crônica: formal ou informal? Explique e
justifique.
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09.
Localize no texto e transcreva dois usos da língua que são próprios da língua
falada.
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10.
No trecho a seguir, localize e transcreva duas expressões em sentido figurado
que são utilizadas em linguagem coloquial:
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Você
vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso
não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por
isso mesmo é preciso responder.
Volta o telejornal, e depois no
intervalo a menina volta a perguntar:
—E
o que que é impunidade?
—Essa
eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um
crime e não é preso.
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_________________________________________________________________________________________________
11.
Uma das características da linguagem mais formal, principalmente escrita, é a
de evitar repetições. Reescreva as frases a seguir, substituindo os
termos grifados por pronomes pessoais que evitem a repetição e tornem a frase
mais formal:
A)
Voltam as notícias, a menina volta a brincar, eles voltam a ver as
notícias.
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B)
A menina brinca no tapete. Ao perguntar o que é corrupção, os pais olham a
menina e se olham com surpresa.
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C)
Impunidade é quando você comete um crime e não é preso. O corrupto garante a
impunidade pagando a outros corruptos para que não o denunciem.
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12.
O emprego da palavra gente no lugar de nós é um uso próprio da
linguagem coloquial.
Em
qual das frases a seguir pode ser identificado esse uso?
( ) “...não é coisa pra gente da sua idade,
né.”
( ) “O pai explica que quem rouba não é a
corrupção, é o corrupto, e alguém, ou melhor, é muita gente que rouba o
governo...”
( ) “Então você acha que, pra acabar a
corrupção, a gente tinha de contar que o pai rouba no imposto?”
13.
Reescreva a frase escolhida no exercício anterior substituindo a palavra gente
por nós. Faça adequações necessárias para torná-las mais formal.
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14.
O que são palavras homófonas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
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15.O
que são palavras homógrafas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
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