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A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal
destroço na rataria duma casave lha que os sobreviventes, sem ânimo de
sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome. Tornando-se muito sério o
caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da questão. Aguardaram
para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado,
fazendo sonetos à lua.
— Acho – disse um deles - que o meio de nos
defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que
ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo. Palmas
e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com
delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse: — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de FaroFino? Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de geral consternação. Dizer é fácil - fazer é que são elas! LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: |
Na assembléia dos ratos, o projeto para atar um
guizo ao pescoço do gato foi
(A) aprovado com um voto contrário. (B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembléia. (D) negado pela maioria dos presentes.
(A) aprovado com um voto contrário. (B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembléia. (D) negado pela maioria dos presentes.
O PAVÃO
E considerei a glória de um pavão ostentando o
esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e
descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há
pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta,
como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120. |
No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O
MÁXIMO DE MATIZES significa o artista
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris. (B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores. (D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris. (B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores. (D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.
O IMPÉRIO DA VAIDADE
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o
cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas,
as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá
dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas
comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia?
Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os
participantes. O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha:
namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo,
andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de
graça − a conversa com o amigo, o
cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada −, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida − isso é prazer. Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade. Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis − mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia. O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo. LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79. |
O autor pretende influenciar os leitores para que
eles
(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende
de dinheiro.
(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.
(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.
NO MUNDO DOS SINAIS
Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem,
cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e
retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava, terrível! Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado. Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem. TV Cultura, Jornal do Telecurso. |
A opinião do autor em relação ao fato comentado
está em
(A) “os mandacarus se erguem” (B) “aroeiras expõem seus galhos” (C) “Sinais de seca brava, terrível!!” (D) “Toque de saída. Toque de entrada”. |
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TEXTO 1 MAPA DA DEVASTAÇÃO
A organização não-governamental SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais terminaram mais uma etapa do mapeamento da Mata Atlântica (www.sosmataatlantica.org.br). O estudo iniciado em 1990 usa imagens de satélite para apontar o que restou da floresta que já ocupou 1,3 milhão de km, ou 15% do território brasileiro. O atlas mostra que o Rio de Janeiro continua o campeão da motosserra. Nos últimos 15 anos, sua média anual de desmatamento mais do que dobrou. Revista Isto É – nº 1648 – 02-05-2001 São Paulo – Ed. Três. |
TEXTO 2 HÁ QUALQUER COISA NO AR DO RIO, ALÉM DE FAVELAS
Nem só as favelas brotam nos morros cariocas. As encostas cada vez mais povoadas no Rio de Janeiro disfarçam o avanço do reflorestamento na crista das serras, que espalha cerca de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica em espaço equivalente a 1.800 gramados do Maracanã. O replantio começou há 13 anos, para conter vertentes ameaçadas de desmoronamento. Fez mais do que isso. Mudou a paisagem. Vista do alto, ângulo que não faz parte do cotidiano de seus habitantes, a cidade aninha-se agora em colinas coroadas por labirintos verdes, formando desenhos em curva de nível, como cafezais. Revista Época – nº 83. 20-12-1999. Rio de Janeiro – Ed. Globo. p. 9. |
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Uma declaração do segundo texto que CONTRADIZ o
primeiro é
(A) a mata atlântica está sendo recuperada no Rio de Janeiro.
(B) as encostas cariocas estão cada vez mais povoadas.
(C) as favelas continuam surgindo nos morros cariocas.
(D) o replantio segura encostas ameaçadas de desabamento.
(A) a mata atlântica está sendo recuperada no Rio de Janeiro.
(B) as encostas cariocas estão cada vez mais povoadas.
(C) as favelas continuam surgindo nos morros cariocas.
(D) o replantio segura encostas ameaçadas de desabamento.
MENTE QUIETA, CORPO SAUDÁVEL
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e
a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas
encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em
dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do
estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de
câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram
que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção,
os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso
de analgésicos. Revista Superinteressante,
outubro de 2003
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O texto tem por finalidade
(A) criticar. (B) conscientizar. (C) denunciar. (D) informar. |
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TEXTO II
SEM-PROTEÇÃO
Jovens enfrentam mal a acne, mostra pesquisa Transtorno
presente na vida da grande maioria dos adolescentes e jovens, a acne ainda
gera muita confusão entre eles, principalmente no que diz respeito ao melhor
modo de se livrar dela. E o que mostra uma pesquisa realizada pelo
projeto Companheiros Unidos contra a Acne (Cucas), uma parceria do
laboratório Roche e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD):
Foram entrevistados 9273 estudantes, entre 11 e 19 anos, em colégios
particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba,
Pará, Paraná, Alagoas, Ceará e Sergipe, dentre os quais 7623 (82%) disseram ter
espinhas. O levantamento evidenciou que 64% desses entrevistados nunca foram
ao médico em busca de tratamento para espinhas. "Apesar de não ser uma
doença grave, a acne compromete a aparência e pode gerar muitas dificuldades
ligadas à auto-estima e à sociabilidade", diz o dermatologista Samuel
Henrique Mandelbaum, presidente da SBD de São Paulo. Outros 43% dos
entrevistados disseram ter comprado produtos para a acne sem consultar
o dermatologista - as pomadas, automedicação mais freqüente, além de não
resolverem o problema, podem agravá-lo, já que possuem componentes oleosos
que entopem os poros. (...) Fernanda Colavitti |
TEXTO II
PERDA DE TEMPO Os métodos mais usados por adolescentes e jovens brasileiros não resolvem os problemas mais sérios de acne. 23% lavam o rosto várias vezes ao dia 21% usam pomadas e cremes convencionais 5% fazem limpeza de pele 3% usam hidratante 2% evitam simplesmente tocar no local 2% usam sabonete neutro
(COLAVITTI,
Fernanda – Revista Veja Outubro / 2001 – p. 138.)
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Comparando os dois textos, percebe-se que eles são
(A) semelhantes. (B) divergentes.
(C) contrários. (D) complementares.
(A) semelhantes. (B) divergentes.
(C) contrários. (D) complementares.
A PARANÓIA DO CORPO
Em geral, a melhor maneira de resolver a
insatisfação com o físico é cuidar da parte emocional. LETÍCIA DE CASTRO
Não é fácil parecer com Katie Holmes, a musa do
seriado preferido dos teens, Dawson's Creek ou com os galãs
musculosos do seriado Malhação. Mas os jovens bem que tentam.
Nunca se cuidou tanto do corpo nessa faixa etária como hoje. A Runner, uma grande
rede de academias de ginástica, com 23 000 alunos espalhados em nove unidades
na cidade de São Paulo, viu o público adolescente crescer mais que o adulto nos
últimos cinco anos. “Acho que a academia é para os jovens de hoje o que foi a
discoteca para a geração dos anos 70”, acredita José Otávio Marfará, sócio de
outra academia paulistana, a Reebok Sports Club. "É o lugar de
confraternização, de diversão."
É saudável preocupar-se com o físico. Na adolescência, no entanto, essa preocupação costuma ser excessiva. É a chamada paranóia do corpo. Alguns exemplos. Nunca houve uma oferta tão grande de produtos de beleza destinados a adolescentes. Hoje em dia é possível resolver a maior parte dos problemas de estrias, celulite e espinhas com a ajuda da ciência. Por isso, a tentação de exagerar nos medicamentos é grande. "A garota tem a mania de recorrer aos remédios que os amigos estão usando, e muitas vezes eles não são indicados para seu tipo de pele”, diz a dermatologista Iara Yoshinaga, de São Paulo, que atende adolescentes em seu consultório. São cada vez mais freqüentes os casos de meninas que procuram um cirurgião plástico em busca da solução de problemas que poderiam ser resolvidos facilmente com ginástica, cremes ou mesmo com o crescimento normal. Nunca houve também tantos casos de anorexia e bulimia. "Há dez anos essas doenças eram consideradas raríssimas. Hoje constituem quase um caso de saúde pública”, avalia o psiquiatra Táki Cordás, da Universidade de São Paulo. É claro que existem variedades de calvície, obesidade ou doenças de pele que realmente precisam de tratamento continuado. Na maioria das vezes, no entanto, a paranóia do corpo é apenas isso: paranóia. Para curá-la, a melhor maneira é tratar da mente. Nesse processo, a auto-estima é fundamental. “É preciso fazer uma análise objetiva e descobrir seus pontos fortes. Todo mundo tem uma parte do corpo que acha mais bonita”, sugere a psicóloga paulista Ceres Alves de Araújo, especialista em crescimento. Um dia, o teen acorda e percebe que aqueles problemas físicos que pareciam insolúveis desapareceram como num passe de mágica. Em geral, não foi o corpo que mudou. Foi a cabeça. Quando começa a se aceitar e resolve as questões emocionais básicas, o adolescente dá o primeiro passo para se tornar um adulto. 5 CASTRO, Letícia de. Veja Jovens. Setembro/2001, p. 56. |
A idéia CENTRAL do texto é
(A) a preocupação do jovem com o físico.
(B) as doenças raras que atacam os jovens.
(C) os diversos produtos de beleza para jovens.
(D) o uso exagerado de remédios pelos jovens.
(A) a preocupação do jovem com o físico.
(B) as doenças raras que atacam os jovens.
(C) os diversos produtos de beleza para jovens.
(D) o uso exagerado de remédios pelos jovens.
EU TENHO UM SONHO
Eu tenho um sonho, lutar pelos direitos dos
homens
Eu tenho um sonho tornar nosso mundo verde e limpinho Eu tenho um sonho de boa educação para as crianças Eu tenho um sonho de voar livre como um passarinho Eu tenho um sonho ter amigos de todas raças Eu tenho um sonho que o mundo viva em paz e em parte alguma haja guerra Eu tenho um sonho Acabar com a pobreza na Terra Eu tenho um sonho Eu tenho um monte de sonhos... Quero que todos se realizem Mas como? Marchemos de mãos dadas e ombro a ombro Para que os sonhos de todos se realizem! SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Átic |
No verso “Quero que todos se realizem” (v. 11) o
termo sublinhado refere-se a
(A) amigos. (B) direitos. (C) homens. (D) sonhos. |
O OURO DA BIOTECNOLOGIA
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do
Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica
– ou o que restou dela – são invejadas no mundo todo por sua
biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o
da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista ("Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas. Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato – e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas. Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros – que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão. PIZA, Daniel. O Estado de S. Paulo. |
O texto defende a tese de que
(A) a Amazônia é fonte “potencial” de riquezas. (B) as plantas e os animais são levados ilegalmente.
15 (C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais. (D) os bens naturais são citados na escola.
(A) a Amazônia é fonte “potencial” de riquezas. (B) as plantas e os animais são levados ilegalmente.
15 (C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais. (D) os bens naturais são citados na escola.
O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA
Um namoro, para acontecer de forma positiva,
precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito
rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável, e, ao mesmo tempo,
tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente preciso disto,
para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e
suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a própria
escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante
com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário.
Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do
adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que
um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de saída, dose de leão para
o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações.
Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda. SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984. |
Para um namoro acontecer de forma positiva, o
adolescente precisa do apoio da família.
O argumento que defende essa idéia é
(A) a família é o anteparo das frustrações. (B) a família tem uma relação harmoniosa.
(C) o adolescente segue o exemplo da família. (D) o apoio da família dá segurança ao jovem.
(A) a família é o anteparo das frustrações. (B) a família tem uma relação harmoniosa.
(C) o adolescente segue o exemplo da família. (D) o apoio da família dá segurança ao jovem.
ANIMAIS NO ESPAÇO
Vários animais viajaram pelo espaço como
astronautas. Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles
têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que
acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer
com as pessoas. A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o
primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do
primeiro homem, o astronauta Gagarin. Os norte-americanos gostam de
fazer experiências científicas espaciais com
macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial. Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo. Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições. (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996) |
No texto “Animais no espaço”, uma das informações
principais é
(A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço”.
(A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço”.
(B) “Os russos já usavam cachorros em suas
experiência”.
(C) “Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas”.
(C) “Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas”.
(D) “Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o
espaço”.
URUBUS E SABIÁS
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em
que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem
grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles
haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e
importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas
e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais
importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles
organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada
urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável
urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência. Tudo ia muito
bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A
floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam
com os canários e faziam serenatas com os sabiás...Os velhos urubus entortaram
o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e
canários para um inquérito.
“⎯ Onde estão os
documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam perplexas, porque
nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse.
Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente... ⎯ Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem. E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás... MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ. ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1985, p.81-2. |
No contexto, o que gera o conflito é
19 (A) a competição para eleger o melhor urubu. (B) a escola para formar aves cantoras.
(C) o concurso de canto para conferir diplomas. (D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.
19 (A) a competição para eleger o melhor urubu. (B) a escola para formar aves cantoras.
(C) o concurso de canto para conferir diplomas. (D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.
O HOMEM QUE ENTROU PELO CANO
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio
incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi
seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou
outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia” Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto. BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89. |
O homem desviou-se de sua trajetória porque
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(B) já estava “viajando” há vários dias.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira.
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(B) já estava “viajando” há vários dias.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira.
AS ENCHENTES DE MINHA INFÂNCIA
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma
tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da
rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a
casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com
varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas a gente ia
toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas
barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às
bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez,
no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve
medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes. BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157. |
Que função desempenha a expressão destacada no
texto “... o volume do rio cresceu
TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
(A) adição de idéias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) conseqüência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.
TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
(A) adição de idéias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) conseqüência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.
ESTÁ TUDO ERRADO,
MENINA! PECHINCHAR NÃO É COM XIS E SIM COM CÊ AGÁ. PRA APRENDER, ESCREVA AÍ O VERBO PECHINCHAR DUZENTAS VEZES. AH, FESSORA, DEIXA POR CEM, VÁ?! CIÇA. O Pato no formigueiro. Rio de Janeiro: Codecri. v. 2. |
O que torna o texto engraçado é que
(A) a aluna é uma formiga. (B) a aluna faz uma pechincha. (C) a professora dá um castigo. (D) a professora fala “XIS” e “CÊ AGÁ”. |
“CHATEAR” E “ENCHER”
Um amigo meu me ensina a diferença entre
“chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona para um escritório
qualquer da cidade.
— Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? — Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos você liga de novo: — O Valdemar, por obséquio. — Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. — Mas não é do número tal? — É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: — Por favor, o Valdemar chegou? — Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui? — Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. — Não chateia. Daí a dez minutos, liga de novo. — Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação: — Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim? CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35. |
No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum
Valdemar” (ℓ. 7), o emprego do termo sublinhado sugere que o personagem, no
contexto,
(A) era gentil.
(B) era curioso.
(C) desconhecia a outra pessoa.
(D) revelava impaciência.
(A) era gentil.
(B) era curioso.
(C) desconhecia a outra pessoa.
(D) revelava impaciência.
A CHUVA
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou
os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva
enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu
cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras.
A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede.
A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu
brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o párabrisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol. ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996. |
Todas as frases do texto começam com "a
chuva".
Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
PRESSA
Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela Alguém me conta no corredor Escolho os filmes que eu não vejo no elevador Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim Eu me concentro em apostilas coisa tão normal Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro por cartão-postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim Bruno & Leoni Fortunato. Greatest Hits’80. WEA. |
Identifica-se termo da linguagem informal em
(A) “Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.” (v. 14-15) (B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!” (v. 16-17) (C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.” (v. 18-19) (D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.” (v. 20-21) |
Professora Claudia, você poderia, por gentileza, enviar essas atividades para meu e-mail? O endereço é lara_carollina@hotmail.com
ResponderExcluirAgradeço desde já!
Lara
PS: muito interessante e de grande ajuda seu blog.