|     O TELEGRAMA               Toca a campainha: ― Aqui é o   934?                                   ― Sim.               ― Por favor, assine aqui.               O carteiro entrega o telegrama ao morador. Quando se vira para ir embora, o   morador grita para ele: ― Ei, espera aí um pouquinho! O senhor se enganou, este telegrama não é para mim.               ― Como não é?               ― Ora, e desde   quando eu me chamo Filomena?               ― Sei lá, talvez   sua esposa, filha ou coisa parecida.               ― Não, senhor, eu   moro sozinho.               ― Mas não é aqui o   934?               ― Já te disse que   é.               ― Então pronto,   ora bolas. Se aí ta escrito 934 e se aqui é o 934, então não tem nada de   errado. É aqui e pronto.               _ Mas houve um engano. Eu não   posso ficar com uma correspondência que não me pertence.               _ E que é que eu posso   fazer? Meu trabalho é esse. Eu não posso entregar um telegrama no 935 se é no   934, ou posso? _ Não, não pode. Mas se o senhor devolver para o correio, ta resolvido. Eu é que não tenho nada a ver com isso!               _ Como, não? O senhor não   mora no 934?               _ Moro.               _ O telegrama não é para o   934?  |             _ É. _ Então o senhor   vai ter que ficar com isso. Que culpa tenho eu se não mora nenhuma Filomena   aqui?   _ E se for algo importante? Alguma coisa   urgente?                               _ O senhor se vira, eu só   cumpri o meu trabalho.      _ Então eu vou abrir.      _ Ah, mas isso é crime!   Violação de correspondência!       _ Como crime? O telegrama não é para o 934? _ É, uai!     _ E onde é o 934?      _ É aqui, uai!     _   Então pronto. O senhor mesmo não ta querendo que eu fique com ele?     _ É, nesse ponto o senhor tem   razão. Então vamos ler o que está escrito aí.    O morador lê em voz alta:   “QUERIDA SOBRINHA MANDO DINHEIRO HERANÇA   VOVÔ.”               E, com o rosto triste,   continuou:               _ Puxa vida, o vovô morreu!               _ Vovô? Mas como? Que   negócio é esse? _ disse o carteiro, sem nada entender.               _ Ora, rapaz, numa hora   dessas o senhor me vem com perguntas cretinas! Não respeita o sofrimento dos   outros?! Passar bem!               E o morador entra na casa,   falando em voz alta:               _ Pobre vovô! Pobre   vovô!  |   
1. Interpretação de texto:
a. Quem são os personagens da história?
b. Onde ocorreu a história?
c. Qual o tipo de correspondência o carteiro entregou?
d. Qual foi o motivo da discussão entre os personagens?
e. O carteiro passa a maior parte do texto querendo que o morador do 934 fique com o telegrama, mas em uma de suas falas ele é incoerente, ou seja, se contradiz. Copie essa fala.
f. Por que o morador assumiu para si a mensagem do telegrama?  O que você achou dessa atitude?
g. Você achou correto o morador do 934 abrir a correspondência? Caso você tenha achado incorreto, sugira outra atitude que ele poderia ter tomado.
h. Se você fosse avaliar o trabalho do carteiro, que nota de 0 a 10 você lhe atribuiria?
Justifique sua resposta.
i. Em sua opinião, o texto O telegrama é interessante ou desinteressante. Por quê?
l. O texto pode ser dividido em quatro momentos. Indique os parágrafos onde inicia e termina cada um desses momentos. Veja o exemplo:
|     |        Parágrafo inicial  |        Parágrafo Final  |   
|     O carteiro entrega ao morador do 934 uma   correspondência e tenta convencê-lo a ficar com ela, embora ali não haja   ninguém com o nome da destinatária.  |               1º  |            23º  |   
|     O morador do 934 resolve abrir o telegrama e   convence o carteiro de que ele, morador, pode abrir aquela correspondência.  |    ||
|     O morador lê em voz alta a mensagem do telegrama.  |    ||
|     O morador assume a mensagem do telegrama para si   e o carteiro fica confuso.  |         Até o final do texto.  |   
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